Para quem ainda não me conhece, vou fazer uma apresentação rápida. Meu nome é José Santos e sou escritor. Vim das Minas Gerais e vivo em Sao Paulo, com minha mulher e com meus dois filhos, Jonas e Miguel. Já publiquei 35 livros e se somarmos todos os seus exemplares, já chegam a 500 mil. A maioria dos livros eu escrevo com poesias e a geografia é um dos meus temas preferidos. Vejam alguns dos trabalhos em que eles se juntam.
Publiquei esses poemas em 2005, foi meu segundo livro e tenho um carinho muito grande por ele. Nele falo de todos os planetas, até do pobre Plutão, que ja foi planeta e agora está na segunda divisão. Olhar o céu, as estrelas e tambem estudar sobre o assunto pode render bons poemas. Nesta séria, criei também um personagem, a Notinha, que ia ao pé da página trazendo mais informações.
Mais sobre Mercúrio!
É o planeta mais próximo do Sol. Ao girar perto dele, Mercúrio recebe o forte calor dos seus raios durante o dia. E pela noite, como não tem quase nenhuma atmosfera para guardar essa quenturinha, o planeta fica completamente gelado, brrrrrr.
De noite, em Mercúrio, faz um frio!
Um frio que é um horror.
Morar lá não dá!
Nem fazendo fábrica
de cobertor.
De dia, em Mercúrio, faz um calor!
Um calor que é um horror.
Morar lá não vai dar!
Nem fazendo fábrica
de ventilador.
Publiquei esses poemas em 2005, foi meu segundo livro e tenho um carinho muito grande por ele. Nele falo de todos os planetas, até do pobre Plutão, que ja foi planeta e agora está na segunda divisão. Olhar o céu, as estrelas e tambem estudar sobre o assunto pode render bons poemas. Nesta séria, criei também um personagem, a Notinha, que ia ao pé da página trazendo mais informações.
A Coala ganhou um chocalho
Que faz um enorme barulho
Não sei se a Coala chacoalha o chocalho
Ou se o chocalho chacoalha a Coala
No meio dessa algazarra
Chega um coelho na sala
Ele agarra a tal Coala
E começa a chacoalhá-la
Não sei mais de nada!
É a Coala que chacoalha o Coelho?
Ou é o Coelho que chacoalha a Coala?
Nesse livro, fiz um poema usando uma lenga lenga tradicional. Aqui no Brasil os professores gostam de chamá-la de parlenda, como a famosa: Um dois, feijão com arroz...
E nessa, uma viagem onde morre todo mundo, peguei o mapa de Portugal e inventei um trajeto que começava nas praias do sul e terminava no gelado norte.
Eles são dez viajantes,
Só viajam quando chove.
Deu o tangolomango neles,
Não ficaram senão nove.
Desses nove que restaram,
A Faro foram afoitos.
Deu o tangolomango neles,
Não ficaram senão oito
Os oito sobreviventes
Vão a Beja de charrete.
Deu o tangolomango neles,
Não ficaram senão sete.
Seguem sete para Sintra,
Visitar um lorde inglês.
Deu o tangolomango neles,
Não ficaram senão seis.
E os seis pousam em Loures,
Sob um telhado de zinco.
Deu o tangolomango neles,
Não ficaram senão cinco.
Viajam cinco a Viseu
E visitam seu teatro.
Deu o tangolomango neles,
Não ficaram senão quatro.
Montam quatro numa mula
pra Arcos de Valdevez.
Deu o tangolomango neles,
Não ficaram senão três.
Os três vão a Montalegre
Comer bife com arroz.
Deu o tangolomango neles,
Não ficaram senão dois.
Dois chegam lá em Valpaços,
Na hora do desjejum.
Deu o tangolomango neles,
E ficou apenas um.
Quem sobrou foi a Bragança
E dormiu na estalagem.
Deu o tangolomango nele
Nesse livro, ainda inédito, fui mais fundo na questão da geografia. Fiquei meses e meses em frente aos mapas de Minas e recolhi o nome de mais de 120 cidades para montar os textos. Lembro que este estado possui o gigantesco número de 853 municípios. E fui agrupando em temas, esses nomes: animais, santos e santas, comidas, montanhas, etc.
Da lista dos bichos, fiz este poema. Em maiúsculas estão os nomes das cidades:
Não é que os PATOS DE MINAS
Levam uma vida boa?
Passam o dia navegando
Em uma das SETE LAGOAS.
E as vespas de VESPASIANO?
Foram fazer uma intriga
Com os insetos cabeçudos
Da cidade de FORMIGA.
Nadavam no RIO POMBA
Um PIAU e um LAMBARI.
Se assustam as ARAPONGAS
Com a ONÇA DE PITANGUI.
Lá vai Minas pelo ar!
MORRO DA GARÇA, PAVÃO.
JACUTINGA, PERIQUITO,
PAPAGAIOS, PERDIGÃO,
Eu quero voar com vocês
E nunca mais voltar ao chão.
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