Atividades de criação

Atividades de criação

1. PERCORRENDO MEU BAIRRO

Vamos mostrar como lugares que a gente conhece podem virar temas de um poema? Essa atividade pode ser muito divertida, é só seguir o roteiro:

  • Pedir para os alunos listarem dez ruas, praças ou logradouros do seu bairro ou do bairro onde está situada a escola.
  • Depois da lista feita, pensar rimas para cada nome. Por exemplo, vamos fazer rimas com nomes que inventei agora.
Rua da Alegria, rima com tia
Travessa Purpurina, rima com Marina
Rua Luis Gustavo, rima com bravo
Avenida Marginal, rima com matagal
Rua Capitão Antônio Felicio da Silva Gomes.
(Epa, que nome grande. Vamos reduzí-lo?)
Rua do capitão, rima com pão

Com esses nomes e essas rimas, podemos montar um poema em dísticos, ou seja, de dois em dois versos, um rimando com o outro. Vejam o resultado da minha tentativa:

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MEU BAIRRO
Vivo no bairro da Granjaria
E aqui é só alegria.
Na rua do Capitão
Sempre vou, pra comprar pão.
E nem passo na Rua Luis Gustavo
Pois ali tem um cachorro bravo.
Na avenida Marginal
Vi uma cobra, entrando no matagal.
Quando vou até a rua da Alegria
Visito meus meus primos e minha tia.
Ah, e todo dia, ando na Travessa Purpurina
Pois ali mora minha amiga Marina.

Gostaram?
Então agora é com vocês, utilizando as ruas, travessas, becos, e praças do seu bairro.

2. NA PRACINHA

Todo bairro tem uma ou várias praças, e por menores que sejam, sempre há um jeito de brincar por ali.

Nessa atividade, os alunos visitam sua praça e tomam nota das diversas espécies de árvores e plantas que existem por ali. Depois, fazem uma lista e a tentam achar rimas para ela.

Podemos manter a estrutura dos dísticos. Mas se o professor quiser fazer algo mais complexo e usar quadras. Quadras são estrofes com quatro versos, em que, em geral, o segundo verso rima com o quarto verso. Com apenas três quadras já podemos ter um poema. No exemplo abaixo, me alonguei e fiz em seis estrofes.

NA PRACINHA
A praça do meu bairro
Se chama Doutor Aguiar
Mas nunca vi esse senhor
Nessa praça ir brincar

Bem no centro está plantado
Um grande ipê amarelo
Na quaresma ele floresce
E dói a vista de tão belo.

Subo muito numa árvore
E perguntei ao jardineiro
Qual que era o nome dela

Ele disse: é o alfeneiro
E esse amigo do jardim
Me mostrou a pitangueira
Que fica perto do ipê
E da jabuticabeira

E agora eu já sei
O nome de tudo que há
Aroeira, quaresmeira
Mulungu, jacarandá.

E mesmo com isso tudo
De árvore que tem ali
Meu cachorro escolhe o poste

desenho_atividade

3. OS BAIRROS DA MINHA CIDADE

Numa variação das atividades anteriores, vamos fazer a criação dos nossos textos a partir dos nomes dos bairros da sua cidade. Vou tomar como exemplo a cidade da Taubaté-SP, escolhendo nomes a partir das quatro divisões estabelecidas: bairros centrais, parte alta, parte baixa e bairros rurais.

Nesse texto apresentarei uma nova opção, farei em tercetos, que são estrofes de três versos, sendo que o primeiro rima com o terceiro. Vejam que nele, misturei o nome dos bairros com o tema da comida, para ficar mais divertido.

Primeiro vamos levantar com os alunos os nomes dos bairros de cada região. Escolheremos dois bairros de cada. Depois, acharemos as rimas correspondentes.

Atenção, o nome dos bairros devem ajudar na rima. Se usarem o Borba, Cecap, Campos Elíseos, Jardim Guisard, nossa, vai ser dificil rimar, não acham?

mapa_taubate

O GULOSO DE TAUBATÉ
Com fome, em Taubaté,
Fui percorrer a cidade
Um pouco de van, um pouco a pé
Comecei pelo Centro
E dei azar, comprei pastel
Mas não veio nada dentro

Segui pra Santa Luzia
E comi um pão de queijo
Na casa da minha tia

Fui visitar o Pinhão
E provei ovo de páscoa
Junto com macarrão

Estive no Quiririm
E me deram, bem servido
Um pedação de pudim

No Portal da Mantiqueira
Comi pera, uva e maçã
Que estavam na fruteira

E na Chácara do Visconde
Eu continuei nas frutas:
Sim, na fruta-do-conde

Segui pra zona rural
E no Borba eu provei
Da pamonha e do curau

Corri para a Boracéia
Pra comprar uns dois potinhos
Da mais gostosa geléia

Aqui em Taubaté
A fome foi tanta
Que, de moleque, mordi o .



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