Porque geografia rima com poesia

por José Santos

Quero contar para os professores e alunos sobre essa minha relação com temas tão legais, como a poesia (e a rima) e a geografia. E aproveito a oportunidade para deixar algumas dicas de como trabalhar em sala os gêneros da poesia e os temas geográficos, do que está ao nosso redor.

Tem gente que acha que a poesia é o reinado do sentimento. Que amor rima com flor, paixão com coração e por aí vai. Mas esse é só um dos milhares de temas que um poema pode ter.

Eu gosto de viajar, conhecer pessoas e lugares, olhar para coisas que nunca vi, provar comidas que nem imaginava que existissem. E também gosto de fazer viagens imaginárias, abrindo o atlas, consultando enciclopédias, acessando os mapas da internet. E me deliciando em saber de como o nosso planeta é grande, guarda tantos segredos e oferece tantas chances de conhecimento. Será que isso pode virar poesia?

Como o escritor precisa estar ao mesmo tempo com a cabeça nas nuvens e os pés na terra, os temas geográficos são perfeitos para ele. Para mim, essa relação começou na escola, pois tive uma professora de geografia, dona Maria Lúcia, que sabia entusiasmar seus alunos como ninguém. Eu, inclusive. Ela era a nossa companheira de viagens por um vasto mundo, nos levava muito além da pequena cidade do interior de Minas, onde vivíamos. Com dona Maria peguei o gosto de consultar os mapas e mergulhar nos seus rios, nos seus mares, escalar as montanhas mais altas, dormir sonhando sob as noites estreladas de cada país.E esse jeito de olhar as coisas sempre me acompanhou na carreira de escritor. Fazendo os livros da coleção A cidade da gente, pude conhecer muitas cidades brasileiras e suas escolas. E agora o projeto me dá a oportunidade de conversar com mais gente ainda, através do seu site.

A seguir, você poderá navegar em duas entradas. Em José Santos, irei contar sobre alguns de meus livros e meus poemas, onde usei a temática da geografia. Em ATIVIDADES DE CRIAÇÃO, dou sugestões para que todo mundo também possa escrever usando a bússola da geografia em suas viagens literárias.