A partir de agora, querido leitor, você embarca conosco num tour de jardineira: ônibus antigo, mas bem cuidado e todo enfeitado de flor.
O passeio guiado pelas ruas de Guaíba nos leva a descobrir os patrimônios, a história e as belas vistas que diversos pontos da cidade oferecem. Quem vai nos contar a história dessa cidade nas próximas páginas são os alunos e os professores das escolas da rede municipal da cidade.
Vamos ler bastante sobre o Lago Guaíba, que alguns ainda chamam de rio e é cartão-postal da cidade de mesmo nome. Ele já foi frescor para todo o corpo. Hoje, poluído, só refresca os olhos.

Para falar de Guaíba não precisa muito não
É só olhar ao redor e já vem a inspiração
Formou-se à beira de um lago
Belas praças e jardins
Com suas praias de água doce
E um verde que não tem fim.
Assim, poetizam o professor Alan Dhoni do Nascimento, um dos autores do livro, com sua turma, e dona Alzira do Nascimento, sua mãe.
Mas não é só na umidade dos verdes e das águas que se sustenta o encanto de Guaíba. O guaibense se orgulha, sobretudo, do suor de seus combatentes, que em 1835 partiram da orla do Lago Guaíba, onde hoje se encontra o Marco Farroupilha, para a conhecida Guerra dos Farrapos, que durou uma longa década.
Uma das principais reivindicações da Revolta era a diminuição de impostos cobrados pelo governo imperial sobre o couro e o charque, produtos que por muito tempo foram de grande relevância para a economia local.
É a bordo da jardineira que podemos desbravar importantes marcos associados ao apogeu da indústria do charque no Rio Grande do Sul, como é o caso do Matadouro São Geraldo. Construído na década de 1920, ele teve suas atividades encerradas em 1972 e hoje é patrimônio arquitetônico e cultural do estado. Dona Alzira e Alan convidam:

E quando chega a noitinha
Tu nem pode acreditar
As luzes de nossa cidade
Estão no lago a brilhar

Essa é nossa Guaíba
Cidade de encantos mil
Pertinho da capital
Um pedaço do Brasil

A jardineira está com o motor quente para a partida! Vamos?

Audio descrição do livro